Quando eu contei que ia morar em Portugal, muita gente me perguntou como eu consegui meu intercâmbio, qual o programa que escolhi, quanto tempo ficarei fora, se recebe bolsa… Por isso, resolvi fazer uma postagem explicando tudo e aproveitei pra dar dicas para quem tem interesse de fazer intercâmbio também.
Se você é de uma instituição particular, é melhor se informar junto à coordenação se eles têm algum convênio no exterior. Caso não tenha, procure uma agência de intercâmbios. Eu estudo em uma universidade federal e as oportunidades são maiores. Então, se você estuda em uma instituição pública, possivelmente terá um programa parecido com o meu.
A minha universidade tem convênio com outras instituições no exterior e anualmente é realizada uma seleção para alunos regularmente matriculados. É bom ficar de olho porque os editais são pouco divulgados! Qualquer um pode se inscrever, mas o primeiro critério de avaliação é o score, a média de suas notas. A segunda etapa é a entrevista. Atenção para as dicas!
A entrevista foi tranquila. Perguntas do tipo “Porque você quer fazer intercâmbio?” podem acontecer, por isso, esteja preparado para construir bons argumentos. Eu explorei o site da universidade para conhecer os cursos oferecidos. Como o site era bem organizado, deu até para vasculhar as disciplinas e as ementas, tudo isso no intuito de criar um “plano de estudos” para chegar na entrevista seguro do que eu queria fazer. Como eu tenho o blog, meus planos se resumiam em melhorar o conteúdo que eu produzo, ou seja, é por e graças a vocês que estou indo!!! Maravilha, né?
Perguntas sugerindo situações também acontecem, como “Se a universidade entrasse em greve, o que você faria?”. Nesse pergunta, está em jogo quão maduro você é pra enfrentar uma experiência no exterior. Daí você se vira nos trinta! Eu trabalharia em qualquer lugar. Já trabalhei no bar do meu pai e trabalharia em qualquer outro para conseguir um dinheiro extra, risos! Quem quiser fazer intercâmbio, tem que está preparado para essas situações.
Eu conversei muito com outros estudantes que fizeram intercâmbio para ter uma noção de como as coisas funcionam lá fora. Isso é importante para você não se perder na entrevista!
O programa
Nesse programa eu terei que arcar com minhas despesas com documentação e passagem aérea, mas podemos entrar com requerimento para conseguir qualquer ajuda financeira junto a universidade. Não terei bolsa para ir, mas como já sou bolsista, continuarei recebendo minha bolsa (prometo escrever um texto falando de como ficam as finanças quando se mora temporariamente no exterior). Eu não terei gasto com alimentação e estadia, o que já é um alívio, né?
Posso ficar seis meses fora, mas posso também estender por mais seis, tendo assim o tempo de permanência máxima um ano no exterior.
Há outros programas de intercâmbio. O Ciências Sem Fronteiras e DAAD são alguns que eu conheço. Aproveito o espaço para questionar a ausência de cursos da área de humanas contemplados por esses programas. Eu acredito que não seja interessante para o governo formar gente pensante no país, logo, as oportunidades para cursos tecnicistas são maiores. Que vergonha, viu?
Pois bem, quem quiser me acompanhar, eu criei a categoria #HBMochilando para relatar minha viagem, compartilhar experiências (más experiências…), sugestões de destinos, preços e dicas essenciais para quem quer fazer intercâmbio. Nessa primeira fase, estarei compartilhando o processo de preparação para minha ida. Espero que vocês gostem!